29 setembro 2006

É oficial: A Ria de Alvor é Sitio Natura 2000!

Foi esta a notícia que recebi de um amigo que trabalha há vários anos para a protecção e conservação da Ria de Alvor.


A Ria de Alvor foi classificada como Sítio da Rede Natura 2000

Foi dado um passo decisivo no sentido de responsabilizar o governo, as autarquias de Lagos e Portimão, as populações locais e todos os que usufruem desta área protegida. É possível fazer a manutenção e gestão desta área natural dando-lhe um uso de qualidade sem sacrificar o que a distingue.

27 setembro 2006

Um nome para um filho

Há uns meses soubemos que íamos ser pais de uma nova criança.

Como já tinha acontecido com o primeiro filho, foi estranho referirmo-nos a esta criança sem conhecermos o seu género. Não tivemos muitas alternativas pelo que era frequente tropeçarmos no uso do artigo.

Tinha sido uma boa experiência tratar o filho pelo nome antes de ele nascer. Desde cedo desenvolveu os laços que nos uniam e a identidade da criança no universo que seria seu. Por essa razão, queriamos ter a escolha dos nomes feita antes de saber se o nosso filho ia ter um irmão ou uma irmã.

A escolha do nome demorou algum tempo. Deparou com alguns impedimentos comuns: nomes banais, nomes que não nos trazem boas recordações, nomes que são alvos fáceis de gozo, nomes que amigos usaram nos seus filhos, e passou por "crivos" menos comuns: nomes interessantes mas que são usados por animais domésticos da vizinhança, nomes que terminam em "el" (objectivamente não tenho nada contra nomes como Miguel e Daniel, a minha recusa era totalmente subjectiva), e uma preferência por um nome fácil de pronunciar em português e inglês e que fosse permitido pela Direcção-Geral dos Registos e do Notariado.

Só por volta das 22 semanas e com o recurso às tecnologias habituais de acompanhamento da gestação foi possível perceber que o único nome que tinhamos para dar a uma menina não ia ser usado.

É um rapaz e gostamos do nome.

A propósito:
Nomes: 22 projectos de investigação apresentados em Lisboa
Nomes: Atila, Gildásio e Miqueias já são permitidos

11 setembro 2006

Lembrar (na primeira pessoa)

Eu tinha acabado de almoçar, e ouvi as pessoas na rua comentarem o acidente do avião que tinha embatido com uma das Torres Gémeas. Depois de ir do banco fiquei a saber que um outro avião tinha embatido na outra torre. Ao regressar ao escritório, fiquei colado ao rádio. Vieram as notícias dos outros dois aviões.

A hipótese inicial de acidente já tinha sido eliminada. As questões que se punham nesse momento eram: "quantos aviões estão a ser atacados" e se "há ataques a voos fora dos Estados Unidos". Não consegui ficar esclarecido até à hora em que saí para ir ao aeroporto. A espera foi terrível: uns minutos antes do primeiro ataque a minha mulher tinha partido num voo de Londres para Lisboa.

Ao chegar ao aeroporto verifiquei que a chegada estava prevista com alguns minutos de atraso. Durante esses minutos tive dificuldade em pensar noutras coisas. Só falar com Deus me ajudava.

Vários minutos depois o avião aterrou, era o que me mostrava a lista das chegadas.

As portas para o átrio estavam abertas. Quando as atravessou, os nossos olhares trocaram-se e isso foi o suficiente para mostrarmos alívio e ficarmos mais tranquilos. Beijámo-nos e abraçámo-nos com algum nervosismo. Só ao aterrar em Lisboa, por questões de segurança, o comandante do seu voo tinha informado os passageiros dos ataques nos Estados Unidos.

Lembrar

World Trade Center, 11 Setembro 2001
O voo United Arlines 175 embate com a torre sul

Faz hoje 5 anos que o terrorismo acabou com a vida de quase 3 mil pessoas e mudou o mundo que ficou para os vivos.

06 setembro 2006

sms 9

Prestação mais baixa, credito mais caro.

01 setembro 2006

118 km/h?

limite de velocidade
O novo limite de velocidade?

O que algumas notícias dizem hoje:

Portugal Diário e SIC
O Governo tem como meta reduzir as velocidades praticadas nas auto-estradas dos actuais 120 para 118 quilómetros/hora, (...)
Correio da Manhã
Programa Nacional de Alterações Climáticas (...) visa igualmente a redução da velocidade máxima nas auto-estradas para 118 km/h.
Autohoje
O Governo pretende reduzir a velocidade máxima permitida nas auto-estradas (...)

Afinal o que o Plano Nacional para as Alterações Climáticas (2006) diz é que há uma meta para a "redução da velocidade média de circulação em auto-estrada para 118km/h".

Passo a explicar. Cada condutor conduz a uma velocidade. A média das velocidades praticadas pelos condutores será neste momento superior a 118km/h e é essa velocidade média que o PNAC tem como referência. Não se está a falar de mudar o limite de velocidade para 118km/h.

Era boa ideia lerem o PNAC outra vez.

ADENDA (4 Set 2006)
Até o Ministro do Ambiente, Nunes Correia, parecem ter um bocado de dificuldade com o conceito de velocidade média, conseguindo "esclarecer" e manter um erro simultaneamente (Lusomotores):

Não será adoptada uma alteração dos limites de velocidade, com a consequente alteração das placas. Serão, sim, feitas campanhas de sensibilização para os automobilistas reduzirem a velocidade de 120 km/h para 118 km/h.

O grande impacto na redução da velocidade média praticada nas auto-estradas será conseguido reduzindo a velocidade dos que claramente ultrapassam o limite de velocidade estabelecido na lei, não com a redução em 2km/h daqueles que já respeitam a lei. Aliás, quem respeita a lei terá uma velocidade média já inferior a 118km/h.


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