16 fevereiro 2005

Votar em quem?

Tenho de decidir como vou votar nas eleições legislativas, este próximo domingo.

Já os ouvi, mas devo acreditar em tudo o que dizem? Vou pensar que as promessas vão ser cumpridas? Não. Já vi o suficiente para saber que fazer uma campanha eleitoral é uma coisa e governar é outra.

Se calhar era mais fácil se não votasse.

Vou pensar que os políticos são todos iguais? Que todos querem é "tacho"? Que quando estão fora do Governo dizem todos uma coisa e depois lá já fazem todos outra? Também não. Já vi o suficiente para saber que não são todos assim e que nem sempre é assim. Não os isento de tentações e erros cometidos. Mas há uns que considero melhores e outros que considero piores. Não os julgo pela infalibilidade e perfeição porque isso os chumbaria a todos. Julgo-os pelos valores que defendem, pelas suas ideias e intenções, às vezes, pela obra que deixam feita.

Isto está a complicar. Devia é ficar quieto e não pensar mais nisto.

Ajudava à decisão se aparecesse um candidato, dum partido, que fizesse o que prometeu, que pusesse o pais direito, que desse aos desempregados um trabalho na função pública, que aumentasse as pensões em 20% e que desse subsídios a quem quer comprar um carrito. Tudo sem "lixar" os contribuintes.

Que desculpa arranjaria para não votar?

Até a data destas eleições marcaram mal.
Neste próximo fim-de-semana não há "ponte" nenhuma.
A praia ainda não convida e para mais fica mesmo ao pé de casa.

Acho que já me decidi.

Se eu quero opinar sobre o assunto, se eu acho mal o que dizem, ou o que fica por dizer, se eu não concordo com o que fazem, ou o que fica por fazer... só me resta ir lá, votar, para que não conste que nunca disse nada, que assenti porque me calei, porque quero que a minha opinião fique registada. Quer conte, quer não.

Votar em quem? Votar na Democracia.

às 18/2/05 16:21, Blogger Tão só, um Pai disse...

Apoiado. Para termos este direito, muita gente, deu a vida. Eu também voto. E não será em branco. Será num dos pequenos, num qualquer, para os grandes perceberem que nada é imutável nem adquirido.
Abraço.
Um cidadão.

 

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