Mortes longínquas
Com dois minutos de silêncio prestamos homenagem às dezenas de vítimas dos atentados em Londres. Com quantos minutos prestamos homenagem às centenas de vítimas dos atentados no Iraque? Porque nem consideramos um momento de lembrança pelas mais de 30 crianças mortas num único ataque em Bagdad? Porque para nós a vida de um inglês vale mais do que a vida de um iraquiano.
Como disse o Bruno em avatares de um desejo:
(...) quando exercitamos algo próximo da compaixão, a maior parte das vezes tudo o que fazemos é alargar o nosso egocentrismo e auto-referencialidade viciada como forma de compreender o sofrimento de outrem. (...) Longe dos media e dos jornais diários, as mortes silenciosas e a destruição por lá seguirão, suficientemente longe das nossas referências emocionais.
Há dias também escrevi sobre o assunto. É incrível como a vida humana vale mais ou menos consoante a geografia.
Colocar comentário
<< Voltar à página inicial