No dia 4 de Abril o
Público passou a restringir o acesso aos conteúdos
online da sua edição impressa somente a assinantes.
As razões desta decisão foram explicadas por José Vítor Malheiros, director do Público.pt.
Nota: se não conseguir aceder é porque não é assinante...
Houve reacções imediatas, mas gostei especialmente da abordagem bem documentada no
Atrium respondida pelo meio no
ContraFactos & Argumentos (
1,
2,
3,
4,
5 e
6 ) e da oportunidade humorada do
Quartzo, Feldspato & Mica.
Desde que essa medida foi tomada, têm havido na blogosfera portuguesa um mais ou menos discreto mas deliberado protesto evitando a citação de artigos publicados neste jornal ou, pelo menos, a inclusão de hiperligações para os artigos citados. Não publicar a hiperligação para um artigo cujos conteúdos não são de acesso universal e gratuito parece-me natural.
Agora, faz-me confusão é o tal "boicote" só ter surgido agora. Especialmente quando se recorre a hiperligações para fazer referências a conteúdos constantemente actualizados devia haver algum cuidado em verificar que o endereço usado na hiperligação é suficientemente perene para, pelo menos, poder ser usado com sucesso pelos leitores nas semanas seguintes.
É que não é só de agora que o Público limita o acesso aos seus conteúdos. Agora é necessário ser assinante, mas já antes do dia 4 que os conteúdos da edição impressa deixavam de estar disponíveis ao fim de 7 dias (excepto para utilizadores do
Público Plus). Qualquer hiperligação feita para um destes artigos encontrava uma mensagem informando da indisponibilidade dessa página. Mais. Até mesmo alguns conteúdos mantidos actualmente em acesso gratuito deixavam (e ainda deixam) de estar disponíveis, passado algumas semanas, através dos endereços com que foram divulgadas inicilamente, embora continuem no servidor. Refiro-me nomeadamente ao
Última Hora.
A mim não me interessa publicar o que quer que seja com hiperligações que passado umas semanas me deixam sem contexto. Ao Público também não. Estamos de acordo.
Actualização:Inclusão de mais hiperligações para o assunto no Atrium e no ContraFactos & Argumentos.